quinta-feira, 1 de março de 2018

Pela Revolução Brasileira, com Nildo Ouriques

Nildo e a revolução brasileira - única opção 


Como pessoas sem filiação partidária, mas atuantes na luta popular e na política, decidimos apoiar o nome de Nildo Ouriques, que é pré-candidato à presidência pelo PSOL, para a disputa presidencial desse ano no Brasil. 

Já faz algum tempo que vivemos uma conjuntura difícil na América Latina. Depois de um período de ascenso de propostas populares e de democracia participativa, observamos o imperialismo atuando fortemente no continente. Começou com o frustrado golpe em 2002, na Venezuela, passando pela invasão do Haiti, em 2004, pelo golpe parlamentar/judiciário em Honduras, em 2009, o golpe no Paraguai em 2012 e agora no Brasil, em 2016, também usando as instituições do Judiciário e do Parlamento, numa nova forma de intervenção chamada de “poder suave”.  Nessa crise estrutural do capital que agora aparece com mais clareza, a hegemonia já está dada desde a década de 1990, e a única alternativa possível é a luta anticapitalista.

Essa conjuntura de golpe, especificamente no Brasil, constituída não só pela ocupação dos poderes por uma quadrilha de ladrões, se configura também como mais uma violenta onda de ataques aos direitos dos trabalhadores, à liberdade de expressão, às liberdades individuais, à expansão da ciência e do conhecimento, visando colocar os trabalhadores sob o jugo ainda mais pesado da superexploração, matando a possibilidade de uma aposentadoria digna, acabando com as universidades, com o ensino médio, com a possibilidade de soberania. Essa não é uma ação pontual ou isolada, é o capitalismo se expressando em mudanças estruturais que exigem dos governos ataques substanciais aos trabalhadores. Nesse contexto fica claro que a política de conciliação com a burguesia e a lógica das políticas sociais não serão suficientes muito menos aceitas. Até porque o Estado Liberal aceita distribuir migalhas e seguirá fazendo isso para acalmar as massas. 

Esta é, portanto, uma conjuntura que exige uma resposta clara e um posicionamento firme. Não é possível atravessar essa tempestade com a velha política de conciliação. Os 14 anos de governo petista já mostraram que essa via não resulta em vantagens para os trabalhadores, pelo contrário. A conciliação e as alianças ambíguas levaram ao golpe e ao aprofundamento da crise.

Diante disso, no espectro dos candidatos que hoje se apresentam na esquerda, na disputa pela presidência, e  que pode vir a ser uma força importante contra hegemônica e até revolucionária, é o professor Nildo Ouriques (pré-candidato do PSOL) aquele que expressa com mais clareza as propostas que essa conjuntura demanda. Decididamente não podemos repetir a experiência reformista e conciliadora do PT, que nunca chamou os trabalhadores e a população em geral para a luta concreta e não construiu a possibilidade de um poder popular, capaz de indicar o caminho para as mudanças estruturais necessárias.

A proposta apresentada pelo grupo de Nildo Ouriques representa a possibilidade clara de construção da revolução brasileira (construção de um programa mínimo, uma teoria revolucionária, transformações reais e profundas na sociedade), sem ambiguidades e sem vacilação. Partindo dessa proposta acreditamos ser possível a formação de uma Frente de Esquerda, tal como aconteceu há pouco tempo na Argentina e no Chile, onde a esquerda avançou de maneira significativa e segura, sem abrir espaço para oportunismos ou conciliações com propostas reformistas já fadadas ao retrocesso.

O PSOL terá, então, com a candidatura de Nildo, a oportunidade, nessa conjuntura, de apresentar uma proposta radicalizada contra o capital, sem a necessidade de compor com ideias vacilantes, completamente alinhadas ao velho petismo. Tampouco pode avançar com candidatos que trazem propostas reformistas aos moldes do PT, ou que não usam as palavras reais para expressar a realidade e tergiversam com eufemismos, como se a população não tivesse condições de assimilar o que vem a ser a revolução e quem são os inimigos.

As mudanças só podem vir com a luta firme e constante contra o capital.

O PSOL tem agora, nesse momento, um candidato que fala o que os trabalhadores anseiam ouvir. Nildo Ouriques encarna, no nosso campo, essa radicalidade perdida. Uma proposta que é firme na crítica do petucanismo, que dá o nome e o sobrenome dos inimigos: o capital e o Estado do capital, apontando que é necessário conhecê-los em profundidade para poder derrota-los. É a proposta que propõem uma virada radical, uma democracia participativa, para além da formalidade do voto bi-anual,  e que permitirá ao governante mandar obedecendo a uma população que fará política no cotidiano.

Nildo Ouriques é o candidato ideal para ajudar a construir a revolução brasileira. A destruição das estruturas podres do capitalismo liberal. Com ele, vamos. Abraçamos essa proposta generosa que ele defende. Qualquer outra opção que não seja a da revolução brasileira será o caminho do pântano e aí, não estaremos dispostos a seguir.  A América Latina já aprendeu, amargamente, como terminam as tentativas de conciliação de classe. Não repetiremos esse erro. Só apoiaremos propostas radicalizadas, com fundamento, que nos permitam superar a conjuntura atual.

Ou assumimos a radicalidade da luta contra o capital. Ou a barbárie vence.

Que o PSOL escolha a proposta da revolução brasileira, sem ambiguidades. Aí, estaremos juntos! Fora dessas condições, não estaremos.

Aos que concordam com esse texto, chamamos a ajudar na construção de uma alternativa revolucionária para o Brasil.

Danilo Carneiro – Grupo Tortura Nunca Mais/RJ
Elaine Tavares  - Jornalista
Maicon Cláudio da Silva – Economista
Glauco Marques  - Engenheiro Eletricista
Dilceane Carraro – Professora/ Serviço Social-UFSC
Marcos Mazzuco – Ator
João da Costa Chaves Júnior - Fisico-UNESP
Maurício Mulinari - Economista


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