Alzheimer/Velhice

sábado, 18 de novembro de 2017

Das pequenas delicadezas



Meu amigo Nildo tem uma expressão que ele aprendeu no México que é “ningunear”. Significa tu não dar importância àqueles que estão contigo, por perto. Ningunear, tornar ninguém. Isso é muito comum entre a gente. Geralmente tecemos loas para pessoas que estão distantes, famosas, midiáticas, enquanto temos ao nosso lado criaturas igualmente valorosas. Por isso tenho como prática viver homenageando as pessoas que estão perto de mim. Pessoas que amo, respeito e admiro. 

E das coisas bonitas que já vivi nessa minha larga vida de jornalista, guardo sempre com mais carinho as homenagens dos “meus”. Hoje, limpando o altar dos meus afetos, deparei-me com esse singelo regalo: o “Prêmio Volodia Teitelboim” que recebi dos meus amigos queridos do Portal Desacato, num dos primeiros Cafés Anti-coloniais promovidos por eles. Uma adorável caixinha de madeira com um pequeno pergaminho dentro. Uma pequena preciosidade. Ah, mas aí não vale. São teus amigos. Sim, são meus amigos, e por isso vale tanto. Porque eles me conhecem e, mesmo estando tão perto, me reconhecem. É bom ser homenageada por aqueles a quem amamos. 

Esses amigos queridos já ultrapassam uma década com essa proposta bonita do Desacato. Eu também os reconheço e agradeço todos os dias pelo valoroso trabalho que desenvolvem junto aos trabalhadores e trabalhadoras. Viva o Desacato, vivam todos esses companheiros e companheiras – velhos e novos – que fazem o jornalismo florescer! 


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