terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Novo livro: Líricas






Saiu ontem da gráfica um novo livro, fruto de parcerias afetivas. Textos meus, ilustração da artista plástica Diana Román Durante, arte da capa de Leopoldo Nogueira Paqonawta e diagramação de Flávia Destri. "Líricas, a palavra amorosa do cotidiano'. É um apanhado de várias crônicas sobre a vida, a cidade, os sentimentos, o cotidiano. Muitas dessas crônicas já foram publicadas em jornal ou revista, mas faltava plasmá-las em seu conjunto. O lançamento ficará para o ano que em breve começa. Mas, quem quiser, é só pedir que eu mando por correio.A apresentação ficou por conta da jornalista Miriam Santini de Abreu e a orelha por Rubens Lopes.


A menina da rua da Coruja Dourada



Míriam Santini de Abreu



Parte da magia do jornalismo é empalavrar cotidianamente a realidade. E esse gesto de empalavrar tem várias formas e fôrmas, uma delas essa que escorre dos textos publicados pela jornalista Elaine Tavares no blog Palavras Insurgentes (eteia.blogspot.com) e que agora compõem a presente coletânea “Líricas: a palavra amorosa do cotidiano”. 


O blog, no qual são postadas reportagens, artigos, comentários, fotografias e vídeos, tem sido, desde que foi criado, uma referência como voz dissonante no jornalismo cada vez mais acrítico que se pratica na atualidade. Ou que, quando crítico, se faz voltado para alugar o discurso aos poderosos, que dele se valem para disseminar o desentendimento venenoso da realidade. A escrita de Elaine, semeada em centenas de posts, amplia a compreensão do modo como a cidade se transforma em uma mercadoria à venda, mas também do movimento contrário, da resistência de mulheres e homens que desvelam essas negociatas e a combatem no cotidiano. 


Os textos narram histórias de resistência pelo meio ambiente saudável, a paisagem aberta a todos, a cultura popular, a educação de qualidade, a informação a quem dela queira se apropriar, sem o controle dos oligopólios criminosos. Dessa forma, o blog – cujos textos são reproduzidos Brasil afora – também é um farol para as novas gerações de jornalistas, sinalizando o caminho das lutas populares percorrido até aqui e a escrita possível e necessária para mantê-lo aberto e pleno das narrativas de suas personagens. (...)


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