sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Rua de areia





A rua onde moro é sempre cheia de surpreendente ternura. Nela ainda passeiam, sem medo, as galinhas caipiras e os cachorros. Vez ou outra passa o cavalo, carregado de meninos. Por toda a sua extensão também é possível afundar o pé na areia. Não há lajotas, nem asfalto. Mesmo nos dias frios, de chuva miúda, os meninos acorrem ao portão buscando fios para a pandorga e pedaços de pano para a rabiola. Depois, saem correndo, pés descalços, empinando a pipa, cheios de infância e gratidão pela vida. A rua onde moro fica num cantinho do Campeche, esse bairro, ainda jardim, onde a gente tem puro prazer de viver.  

Um comentário:

Sandra disse...

Abençoadas são as pessoas que amam o lugar onde vivem.
É a gratidão à vida.
E a Deus!